clientesRevelar uma receita é como despir um prato vestido para o jantar. Dificilmente alguém solicita uma coisa dessas em público. Se ousa cometer tal indiscreção , olha para o lado, jura que não é dono (a) de restaurante, que só vai desfrutar
dessa ligação perigosa na intimidade. Como todo expert em cozinha e na libido, o guardião dos tesouros afirma que o segredo dos ingredientes, ou do modo de fazer, 'está na mão'. As receitas do Cruzeiro do Pescador não têm grandes contorcionismos. Não será pondo receitas a nú que criaremos ou destruiremos o mistério. Aromas, texturas, sabores são qualidades tão exatas, como imensuráveis.
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1. Começando pelo bom e velho fogão ... e bote velho nisso!

Destas bocas são desenvolvidas as mais antigas alquimias do Cruzeiro do Pescador, chamas olímpicas de mais de treze anos. O restaurante mudou algumas vêzes de endereço em Pipa, e estes velhos companheiros foram junto, à sombra do mui nobre e leal mestre cuca, João Batista. As panelas, cassarolas e travessas, cheias de marcas do tempo e cicatrizes de guerra, poem em marcha o cardápio antigo do restaurante, como o chamamos, para diferenciar do outro.
As receitas são feitas na hora e, portanto, quase fazem juz a um termo da moda que é o 'slow food'. Como são resultado das vivências pessoais do dono, provadas pelos lugares onde viveu ou passou (lentamente, é claro), às vêzes quase equivale ao cliché 'cozinha de fusão'.
Já que, ultimamente, chefes renomados resolveram cosinhar e servir em suas próprias casas, está aí outra tendência que, sem querer, antecipamos. Pois é! Essa coisa de ser anacrônico, de repente, vira moda. Quem quiser xeretar o nosso cardápio tradicional, siga por aqui.

  • Daniel orgulhosamente apresenta o consagrado clássico do Cruzeiro do Pescador "Seleção do Mar", sob o olhar cúmplice de sua equipe. (Clique nas abas laterais, para ver os pratos). Daniel orgulhosamente apresenta o consagrado clássico do Cruzeiro do Pescador "Seleção do Mar", sob o olhar cúmplice de sua equipe. (Clique nas abas laterais, para ver os pratos).
  • Seleção do Mar. Peixe, polvo, lula, camarões, ostras e lagostas grelhados separadamente no carvão e montados em uma só travessa. Seleção do Mar. Peixe, polvo, lula, camarões, ostras e lagostas grelhados separadamente no carvão e montados em uma só travessa.
  • "Camapão". Versão bem sucedida do clássico "Bobó de Camarão", substituindo com vantagens a macaxeira pela fruta pão. "Camapão". Versão bem sucedida do clássico "Bobó de Camarão", substituindo com vantagens a macaxeira pela fruta pão.
  • Ostras, quentinhas, decolando de nossa lareira. Ostras, quentinhas, decolando de nossa lareira.
  • "Bacalhau à Cruzeiro do Pescador I". Mais um grande momento da fruta pão, aqui, se intrometendo no célebre "Bacalhau Espiritual" lusitano. "Bacalhau à Cruzeiro do Pescador I". Mais um grande momento da fruta pão, aqui, se intrometendo no célebre "Bacalhau Espiritual" lusitano.
  • "Peixe à Micaela". Peixe fresco, defumado na hora, com camarões e acompanhado de legumes salteados. Talvez, o prato mais surpreendente do cardápio. "Peixe à Micaela". Peixe fresco, defumado na hora, com camarões e acompanhado de legumes salteados. Talvez, o prato mais surpreendente do cardápio.
  • "Bacalhau à Cruzeiro do Pescador I" saindo do forno. "Bacalhau à Cruzeiro do Pescador I" saindo do forno.
  • "Camapão". Prato vencedor do 1º Festival Gastronômico de Pipa. "Camapão". Prato vencedor do 1º Festival Gastronômico de Pipa.
  • Salada "Reiky". Salada "Reiky".
  • 0stras "atrás das grades", por violento ataque ao pudor. 0stras "atrás das grades", por violento ataque ao pudor.
  • Bacalhau "in natura"*- Pronto a honrar as tradições portuguesas ("Lagareiro", "à Gomes de Sá", "à Bras" etc). Ou subvertê-las, numa mestiça versão da casa. *Cod/Mohue/Porto, só muda o nome do melhor bacalhau. Bacalhau "in natura"*- Pronto a honrar as tradições portuguesas ("Lagareiro", "à Gomes de Sá", "à Bras" etc). Ou subvertê-las, numa mestiça versão da casa. *Cod/Mohue/Porto, só muda o nome do melhor bacalhau.
  • Virtuoses da "Seleção do Mar" em ensaio de orquestra. Virtuoses da "Seleção do Mar" em ensaio de orquestra.
  • Lagosta grelhada. Pode integrar uma "Seleção do Mar" ou fazer carreira solo. Lagosta grelhada. Pode integrar uma "Seleção do Mar" ou fazer carreira solo.
  • Frutas de época. Várias integram deliciosamente nossos pratos. Frutas de época. Várias integram deliciosamente nossos pratos.
  • Ritual de batismo das ostras grelhadas, enquanto cenouras esperam a sua vez. Ritual de batismo das ostras grelhadas, enquanto cenouras esperam a sua vez.
  • Camarão à Goesa. O conceito de "cozinha de fusão". Aqui, o "curry" aceita intimidades com o leite de coco. Camarão à Goesa. O conceito de "cozinha de fusão". Aqui, o "curry" aceita intimidades com o leite de coco.
  • Lá estão elas outra vez, transbordando de lascívia. Lá estão elas outra vez, transbordando de lascívia.
  • Arroz do Mar. Um dos pratos que mais contribuíram para a reputação do restaurante. Polvo, lula, camarões, ostras e sururu, em arroz de açafrão, feitos em panela de barro. Arroz do Mar. Um dos pratos que mais contribuíram para a reputação do restaurante. Polvo, lula, camarões, ostras e sururu, em arroz de açafrão, feitos em panela de barro.
  • "Full Fish, Sea Food & Great Ensemble". "Full Fish, Sea Food & Great Ensemble".
  • Peixes inteiros, grelhados à moda basca. Peixes inteiros, grelhados à moda basca.
  • Robalos, Ariocós, Ciobas, entre outras celebridades, disputam a vaga neste grande elenco de frutos do mar. Robalos, Ariocós, Ciobas, entre outras celebridades, disputam a vaga neste grande elenco de frutos do mar.
  • Fruta Pão. Riquíssimo integrante de pratos raros do restaurante. É um coadjuvante de luxo, verdadeiro coringa, que substitui com vantagem diversos ingredientes tradicionais. Fruta Pão. Riquíssimo integrante de pratos raros do restaurante. É um coadjuvante de luxo, verdadeiro coringa, que substitui com vantagem diversos ingredientes tradicionais.
  • Lagosta dominando o território dos grelhados. Lagosta dominando o território dos grelhados.
  • 100% afrodisíacas. 100% afrodisíacas.
  • Lagostas grelhadas, num ensaio para a revista Playboy. Lagostas grelhadas, num ensaio para a revista Playboy.
  • "Bacalhau à Cruzeiro do Pescador II". Nova ousadia da fruta pão em território lusitano. Aqui, roubando o lugar da batata palha no clássico "à Brás", com a conivência de camarões. "Bacalhau à Cruzeiro do Pescador II". Nova ousadia da fruta pão em território lusitano. Aqui, roubando o lugar da batata palha no clássico "à Brás", com a conivência de camarões.
     

2- O fogo mais recente do restaurante vem — quem diria — do carvão!

cozinhaQuando o dono do Cruzeiro do Pescador foi engolido pela sua própria criação ocorreu a simbiose residência & restaurante. Quem construiu a casa, originalmente, foi um francês que decidiu fazer uma lareira. E este 'restauranteur' resolveu fazer dela o seu espaço de grelhados. Não aquece o ambiente, mas faz suar o — soa grosseiro tratar este mágico, compenetrado em seu cerimonial de fogo, assim, — 'churrasqueiro'. inclusive, porque só frutos do mar e legumes são grelhados ali. Num ritmo tão ritualistico, que obriga os comensais a fazer uma reserva com duas horas de antecedência. Querem, de novo, emiscuir-se nesta outra alcova do Cruzeiro do Pescador. Discretamente, por favor...

  • Proprietário do Cruzeiro do Pescador, interagindo com o prato à sua frente, faz cara de "Leitão à Bairrada". Proprietário do Cruzeiro do Pescador, interagindo com o prato à sua frente, faz cara de "Leitão à Bairrada".
  • Em breve, nosso menu completo de carnes... Em breve, nosso menu completo de carnes...
     

3. Fogo na carne...o eterno e sedutor forno a carvão.

Chega uma ocasião na vida de um restaurante especializado em frutos do mar, em que se vê obrigado a ceder aos apelos da carne. Afinal, isso não é novidade nos melhores paraísos.
Pipa não foge à Biblia. Certo dia, depois de tanto peregrinar por praias nordestinas, em comunhão com peixes, camarões, lagostas, ostras, sururus e caranguejos, um lado primitivo emerge no viajante e ele começa a desejar galinhas e bifes.forno O Cruzeiro do Pescador decidiu enfrentar essas fraquezas sem invadir o território das churrascarias, muito bem representadas em nossa gastronomia, por sinal. Mais uma vez ,veio à tona a memória emocional do pai deste restaurante. Estou falando de mim mesmo, não se confundam... Em nosso forno, que tem um certo aspecto de calhambeque da cozinha (apesar de ficar ao ar livre), o carvão produz um calor preguiçoso, que leva horas e horas para transformar generosos animaizinhos na sua mais fascinante versão degustativa. Talvez seja um tanto cruel nestes dias, mas seria um pecado ignorar. Já que chegaram até aqui, dêem uma olhadinha...

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Nossa Adegazinha. "Chiquitita, pero cumplidora"

Os vinhos da casa também têm como critério a vivência do dono.
A nossa pequena garrafeira se abastece de tintos, brancos, rosês e espumantes de várias procedências. Portugal: Douro, Alentejo, Minho, e alguma outra eventual região demarcada "especialmente convidada".
América do Sul:
Chile (Carmenère), Argentina (Malbec / Torrontês), Uruguai (Tannat).
De origens diversas, revezam-se Cabernet Sauvignon, Merlot, Shiraz, Tempranillo, Chardonnay e Sauvignon Blanc.
Entre espumantes podem constar exemplares da França e Brasil.