Um restaurante feito à mão.

Após 20 anos de existência, um restaurante precisa mudar para ser o mesmo?
A experiência do 'Cruzeiro do Pescador' parece resistir a essa premissa. Ao longo do tempo, continua exercendo seu 'amadorismo profissional'.  Artesanal, caseiro e bucolicamente rústico, mantém suas toalhas de tear, seus guardanapinhos de pano, suas luzes de velas e lampiões, seus pratos manufaturados, seus fogos preguiçosos, sejam a gaz ou a carvão, e, principalmente, uma cozinha que conserva sua personalidade e acaba fazendo jus a termos mais recentes como 'fusion' ou 'slow food'.  As mudanças de endereço em Pipa não o moveram do lugar no coração de tantos clientes amigos. O que era de boca em boca, já internacionalmente, ecoou além, nas mídias sociais, nos guias estrangeiros e blogs do país. Se você chega pela primeira vez, há de sentir este lastro de energia no ambiente ao seu redor. Se estiver de regresso, reencontrará as qualidades que ficaram em suas lembranças.
Quem sabe a música seja outra ('aquela' ainda deve estar por aqui, guardada), mas as sensações haverão de ser renovadas.  Como costumo dizer: 'A comida também ajuda'. Para resumir – Bom Apetite! Agora e sempre.

Um convidado de honra à mesa do Cruzeiro do Pescador

O 1° Festival Gastronômico de Pipa ofereceu uma suculenta oportunidade para o Cruzeiro do Pescador introduzir um novo personagem em sua vida de restaurante. Assim como aconteceu há oito anos, quando surgimos inaugurando o conceito de cozinha de frutos do mar (preparados na boa e velha panela de barro do Alberto, de São José de Mipibu), aproveitando — pioneiros, no cardápio — a manga (camarão ao molho....), o cajú (moqueca), o abacaxi (com camarões aos quatro queijos), o maracujá (no arroz arbóreo) a mandioquinha/ batata barôa e do inhame (com o bacalhau), entre outras inovações, até então...
Senhoras e senhores, temos agora a honra de convidá-los para nossa mesa e apresentar a fabulosa fruta-pão.

Você é a famosa.... Quem...?

            Brasileiríssima, como a manga, o coqueiro e o cajá....
Como? Quer dizer...? È isso mesmo: a árvore da fruta pão que você tanto avista ao longo do caminho entre Goianinha e Tibau do Sul também veio da Ásia, a bordo da loucura de alguns desses navegantes portugueses. hsm-bountySe você gosta de filmes antigos e tiver sorte, assista “O Grande Motim” (a 1ª versão com Clark Glable, a 2ª com Marlon Brando e a 3ª com Mel Gibson) e repare na preciosa carga do “HMS Bounty” , o navio amotinado: são mudas de fruta pão. Na época, fim do século XVIII, essas frutíferas tinham, como objetivo estratégico-econômico, nada menos que alimentar a imensa população de escravos das colônias européias nas Américas. Projeto ambicioso, mas que não estava além das potencialidades desta generosa árvore viajante. Veja mais



"Camapão
"

Ingredientes:fruta pao

- 150 grs de camarão
- 200 grs de fruta pão
- 1 coco ralado (convertido em leite)
- 1 tomate maduro picado
¼ de pimentão vermelho
- salsa (pode-se optar por coentro)
- caldo de camarão (cozimento da cabeça)
- Pimenta (fruta) picante e de cheiro

Modo de preparar:

Cozinhe a fruta pão, em pedaços, no caldo do camarão.
Converta em purê, acrescentando o leite de coco morno.
Refogue em azeite o pimentão, a cebola, as pimentas e o tomate.
Junte os camarões e a salsa, desligando logo que estes ganharem cor.
Numa panela de barro, junte todos os ingredientes.
Verifique o sal e cozinhe em fogo lento até o creme borbulhar.
Servir com arroz de açafrão da terra (cúrcuma).

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